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GT A

Do Barroco ao Neobarroco

Coordenação: Dra. Leila Tabosa (UERN) e  Me. Ciro Soares dos Santos (UFRN)

Ementa:

O diálogo acerca da transtemporalidade do Barroco e de sua sobrevida sob o signo de Neobarroco na literatura e nas artes é recorrente entre os estudiosos dessa estética. O reexame teórico passa pela compreensão de Barroco como "estética do movimento" em várias formas artísticas (WÖLFFLIN, 2005), como "eon"- constante transtemporal (D'ORS, 1990), como "elipse" (SARDUY, 1989), como "ética do desperdício"- Neobarroco ( SARDUY,1998) e como a "dobra que vai ao infinito" (DELEUZE, 1991). O reflexo artístico de movimento-eon-elipse-desperdício-dobra pode ser percebido desde o século XVII nas artes de Bernini, Velázquez, Góngora e Sor Juana, assim como nas obras de Gregório de Matos e Antonio Vieira, passando pelo Barroco tardio de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, em pleno Arcadismo brasileiro, chegando ao Modernismo brasileiro e logo a expressões mais contemporâneas: a exemplo de João Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto e Oscar Niemeyer. O GT proposto para o II Simpósio de Estudos Barrocos e Neobarrocos visa discutir a literatura e as artes dentro do leque de abordagem teórica dos conceitos de Barroco e Neobarroco.

 

GT B

Literatura e Ensino: reflexões sobre práticas do texto literário no contexto escolar.

Coordenação: Me. Maria Aparecida de Almeida Rego (IFRN/ZN)

Ementa:

O ensino de Literatura no Brasil e sua articulação com as pesquisas acadêmicas tem ocupado a cena nas discussões que envolvem educação no que se refere à formação leitora desde a Educação Básica ao Ensino Superior. Algumas ações apresentam reflexões acerca das práticas de ensino, das constatações de equívocos a respeito do uso do texto literário em sala de aula, apontando a necessidade de metodologias para o ensino de literatura, de parceria entre a universidade e a escola, de formação continuada para os professores, além de assinalarem propostas para a mudança de rumo que a disciplina de Literatura espera adquirir no currículo da Educação Básica. Este Grupo de Trabalho visa analisar e socializar contextos praticados no cotidiano da sala de aula, reunir resultados de pesquisa, concluídas ou em andamento, que tratem de experiências vivenciadas sobre o ensino de Literatura no contexto do Ensino Fundamental, Médio e/ou Superior, visando contribuir para uma prática pedagógica dinâmica, crítica e atrativa que privilegiem a leitura do texto literário e reflitam as metodologias de ensino. Espera-se que as perspectivas metodológicas adotadas e/ou propostas apresentadas propiciem um avanço na formação de leitores literários.

 

 

Minicursos

 

Minicurso A: O retrato do artista em antologias: a recepção crítica de Gregório de Matos

Ministrante: Me. Ciro Soares dos Santos (UFRN)

Ementa:

Há muitos Gregórios de Matos e Guerra (1636-1695) em cada antologia: o católico dos poemas devocionais, religiosos; o político dos encomiásticos; o sapiencial dos morais, filosóficos; o cômico dos graciosos; o ácido dos satíricos; o poeta dos eróticos, pornográficos, profanos; o cantador dos versos de circunstâncias, das modas burlescas; o amante dos textos líricos, amorosos; o cronista das composições descritivas, consuetudinárias. As diferentes vozes seiscentistas do que não se silencia na Idade do ouro saem de códices manuscritos para circular em antologias impressas com classificações diversas para o legado da poesia brasileira do século XVII de modo a revelar a pluralidade de possibilidades de compreensões passíveis de serem construídas para o espólio do barroco brasileiro. A proposta deste minicurso é discutir as implicações para o ensino de leitura de Gregório de Matos e para o entendimento do barroco perceptíveis a partir de análise de edições em antologias da poesia do século XVII, percebendo os muitos Gregórios de Matos.

Palavras-chave: Gregório de Matos. Antologias. Barroco.

Número máximo participantes: 40

 

Minicurso B: Literatura e Ensino: o texto literário como prática social

Ministrante: Me Maria Aparecida de Almeida Rego (IFRN/ZN)

Ementa:  

Para Antoine Compagnon em Literatura para quê? (2009) e Antonio Candido em “O direito à literatura” (1995) a literatura deve ser vista como ferramenta que instrui deleitando e torna-se fator indispensável para a humanização. As proposições de Theodor Adorno em Educação e emancipação (2006) encaminham para uma educação dirigida a uma autorreflexão crítica a partir do enfrentamento da consciência reificada, processo que torna o homem livre e autônomo em relação a qualquer assunto. Nesse percurso, Rildo Cosson em Letramento literário (2009) concebe letramento literário com um conjunto de práticas sociais na construção de sentidos do mundo. Neste sentido, o presente minicurso objetiva discutir os desdobramentos teóricos sobre a presença do texto literário em sala de aula e apresentar encaminhamentos metodológicos que privilegiem uma abordagem centrada na interação do texto com o leitor, favorecendo assim a produção da subjetividade do leitor no momento de participação da leitura literária em práticas de letramento de sala de aula. Para isso, apresentaremos as estratégias metodológicas da sequência didática, produção de diário de leitura, antologia de poemas e contos produzidas pelos professores, dentre outras iniciativas.

Palavras-chave: Ensino de Literatura. Formação de leitores. Prática social.

Número máximo participantes: 40

 

Minicurso C: O drama barroco português: Antônio José da Silva, O judeu

Ministrante: Me. Ana Maria Remígio Osterne (UERN)

Ementa:

O teatro barroco português pouco (ou nada) tem sido explorado. Nossa proposta para este  minicurso é abrimos espaço para Antônio José da Silva, o Judeu, que produziu os melhores textos dramáticos do barroco lusitano, explorando figuras clássicas em jogos de espelhos (antíteses) e textos conceptistas.

Número de participantes: 40

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